Três cearenses foram confirmados entre os nove mortos no acidente na cidade de Grão Mogol, em Minas Gerais, quando uma van e um caminhão colidiram na noite de terça-feira (13). A cearense identificada entre as vítimas é Maria de Fátima, de 52 anos, natural da cidade de Barro. Ela morava em Minas Gerais e voltava para a cidade natal para rever a família.
Entre os sobreviventes está Juarez Leite Santos, natural de Mauriti, no Ceará, que trabalhava em uma plantação de tomates em Minas Gerais e retornava para sua cidade no momento do acidente. Em depoimento, ele descreveu os momentos de terror:
“Quando eu baixei a cabeça para dormir, o que eu levantei só foi o claro. Eu não ouvi mais nada. Eu apaguei. Consegui sair de lá, mas eu já estava acordado. Só consegui ajudar a menininha lá e o outro rapaz”, relatou Juarez, que segue hospitalizado, mas com expectativa de recuperação.
O delegado Rodrigues, responsável pelo caso, informou que o inquérito policial, a ser conduzido pela delegacia de Grão-Mogol, terá 30 dias para conclusão. Equipes periciais atuam no levantamento do local e na identificação das vítimas, visando agilizar a liberação dos corpos.
Maria de Fátima, uma das cearenses mortas, era aguardada por familiares em Barro. Sua história, marcada pela expectativa de recomeço perto dos parentes, foi interrompida pela tragédia. Relatos de familiares devem ser detalhados em próximas reportagens.
Enquanto as investigações avançam, a comunidade cearense e mineira chora as vidas perdidas e acompanha a recuperação dos sobreviventes, como Juarez, símbolo de resistência em meio ao caos.
Os 12 sobreviventes foram atendidos pelo Samu. Oito pessoas foram levadas para hospitais de Francisco Sá e Montes Claros. Entre elas, o motorista do micro-ônibus.
O motorista e passageiro da carreta tiveram ferimentos leves e receberam atendimento médico no local do acidente. Eles passaram pelo teste do bafômetro, que deu negativo, e foram liberados, segundo a PRF.
Seis feridos foram levadas para a Santa Casa de Montes Claros. Um deles está em estado gravíssimo.
Outros quatro sobreviventes permanecem no Hospital Municipal de Francisco Sá:
Conforme a PCMG, todos os corpos foram encaminhados ao Posto Médico-Legal (PML) de Montes Claros e cinco já foram oficialmente identificados. Posteriormente, vão ser liberados às famílias.